Brasília - As Filipinas são o segundo país do mundo a aprovar a vacina contra a dengue. A informação foi confirmada hoje (22) pelo laboratório Sanofi Pasteur, criador da vacina.

O primeiro país foi o México, no início de dezembro. De acordo com a diretora médica da Sanofi, Sheila Homsani, a expectativa é que a vacina seja aprovada no Brasil "muito em breve".

“O Brasil foi o primeiro a 


receber o dossiê completo, mas o tempo de aprovação dos órgãos regulatórios varia entre os países. A gente está esperando a aprovação no final deste ano ou no começo do ano que vem”, disse a diretora.

“A tendência é que comece a ter os resultados, principalmente porque está todo mundo preocupado com a dengue”, completou.

Segundo ela, a vacina apresenta uma diminuição de 93% dos casos graves da dengue – como a dengue hemorrágica –, de 80% das hospitalizações e foi testada em 40 mil pessoas que vivem em áreas endêmicas.
A eficácia global - contra os quatro sorotipos da doença – é de 66%.
 
Sheila Homsani destacou o nível de segurança da vacina, que não apresentou efeitos colaterais graves durante os testes.
“Os efeitos colaterais costumavam ser locais, como vermelhidão no local, além de um pouco de dor de cabeça. Não tivemos nenhum óbito da vacina e a maioria das pessoas continua sendo acompanhada, o que significa que estão bem”.

A vacina contra a dengue é composta de uma parte do vírus que existe na vacina da febre amarela e revestida por partes dos quatro tipos do vírus da dengue. 

O vírus da vacina da febre amarela foi usado por ser um vírus estável, que não provoca a doença em quem a recebe. Com isso, a pessoa que tomar a vacina contra a dengue não terá risco de contrair a doença, apenas desenvolverá os anticorpos.

Dados do Ministério da Saúde do Brasil mostram que 1,5 milhão de pessoas tiveram dengue no país em 2015 e 811 morreram em decorrência da doença. 

Levantamento da pasta ainda revela que 199 municípios têm risco de surto de dengue no ano que vem.
Se comparado o ano de 2015 ao de 2013, quando houve uma epidemia da doença pelo surgimento do sorotipo 4 do vírus, houve aumento de 7% nos registros de pessoas infectadas

Fonte: EXAME