Foi flanelinha, passou fome para juntar vale-refeição e hoje fatura R$ 4 mi
Roberto Gonzaga (à
dir.) recebe prêmio da franqueadora nos EUA... - Veja mais em
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Roberto
Gonzaga, 24, começou a trabalhar aos 11 anos, cuidando de carros na feira perto
de sua casa, em São Paulo. Depois disso, foi vendedor de cursos de inglês e de
serviços de limpeza para empresas. Foi assim, como empregado, que conheceu a
Jan-Pro, franquia de limpeza comercial. Hoje, ele é dono de uma unidade que
comprou com o dinheiro economizado do vale-refeição, e fatura R$ 4 milhões por
ano...
Muitas
vezes voltei para casa com fome quando estava economizando dinheiro, mas valeu
a pena porque consegui realizar sonhos. Comprei uma casa, tenho carro do ano e
fiz várias viagens. Este ano vou passar as férias em Dubai."
Mas seu
relacionamento com a empresa não começou bem. Aos 18 anos, conseguiu o emprego
como vendedor, mas não durou muito na vaga – foi demitido seis meses depois.
"Eu estava acostumado a vender direto para o cliente final, não para
empresas. Tive dificuldade para me adaptar", afirma.
Trabalhou na concorrência antes de virar franqueado
Seu
emprego seguinte foi em uma empresa concorrente. Lá, aprendeu a vender, foi promovido
sete vezes em apenas oito meses, chegando ao cargo de supervisor de equipe de
vendas. O bom desempenho lhe rendeu um convite para voltar à Jan-Pro, dessa vez
como gerente, cuidando de vendas e dando treinamento aos franqueados.
Em um
ano, fechei contratos milionários e fui eleito o terceiro maior vendedor de
serviços da rede no mundo. Naquele momento, eu decidi que estava na hora de
ganhar dinheiro para mim e que queria me tornar franqueado."
A Jan-Pro
é uma rede americana e está presente em 12 países. Para alcançar sua meta, ele
passou a economizar os cerca de R$ 400 por mês que recebia de vale-refeição.
Com investimento de cerca de R$ 7.000 na época –uma parte foi parcelada-, ele
inaugurou sua unidade em maio de 2013.
Atualmente,
o investimento inicial para uma unidade parte de R$ 7.500, com custos de
instalação, taxa de franquia e capital de giro. O modelo de trabalho é home
office. O faturamento médio mensal é de R$ 5.000, com lucro médio de 80% (R$
4.000) se o franqueado trabalhar sozinho e de 40% (R$ 2.000) se tiver
funcionários. Os dados foram fornecidos pela empresa.
Quatro
anos depois da inauguração do negócio próprio, Gonzaga diz que o faturamento em
2017 deve bater os R$ 4,5 milhões. Ele emprega 170 pessoas e tem como clientes
escritórios, academias, escolas, condomínios, entre outros. Também continua
dando treinamento de vendas para franqueados.
Saber vender é necessário em franquia
Luis
Stockler, consultor da BaStockler, especializada em franquias, diz que a
experiência de Gonzaga como funcionário o ajuda a ter sucesso com a franquia.
"Tem muita gente que diz que quer ser empresário, mas não quer fazer
sacrifícios como os que ele fez ao longo da vida. Não existe sucesso de
graça."
Ele diz
que saber vender é um talento necessário em qualquer franquia. "Mesmo se
tiver funcionários, é o franqueado que tem que treinar e motivar a equipe, por
isso, é importante gostar dessa tarefa. A franqueadora não estará lá todo dia
para ajudar nisso", declara.
Fonte:UOL
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