DÍVIDAS...COMO EVITÁ-LAS?
Proteja o seu bolso
Todo mês é a mesma coisa: você recebe o seu salário e tenta ajustá-lo
para o pagamento de uma infinidade de contas como água, luz, telefone,
escola, plano de saúde, aluguel etc.
Como, em geral, a maioria das pessoas tende a quebrar a primeira
regra do planejamento financeiro, e gasta mais do que recebe, seja por
necessidade ou falta de controle do orçamento, quase sempre o resultado é
o mesmo: no final do mês, você acaba no vermelho. Para ajudá-lo a
evitar que esta situação se torne rotina, vale a pena conferir as dicas
abaixo:
Cortando supérfluos
Sua primeira providência: cortar os gastos supérfluos, mantendo
apenas os itens essenciais, ou seja, os gastos dos quais não pode abrir
mão. Fazem parte desta categoria o aluguel, condomínio, impostos, luz,
água e telefone, alimentação e transportes.
Porém, mesmo entre os essenciais, é preciso bom senso. É bem verdade
que você precisa ter um telefone, mas isso não significa comprar um
celular de mais de R$ 900, ou gastar mais de R$ 300 com a conta do
aparelho. Quando encontrar dificuldade em ceder à tentação, lembre-se
que o que conseguir economizar poderá ser usado para quitar as suas
dívidas.

Mudando hábitos de consumo
Exatamente por isso, o momento é propício para rever antigos hábitos.
Aproveite para economizar também nos gastos essenciais, como luz, água,
telefone etc. Nada de banhos demorados ou de deixar todas as luzes
acesas à noite. O racionamento de energia nos ensinou que esses gastos
podem ser drasticamente cortados; basta querer.
No caso do telefone, as principais vilãs são as ligações interurbanas
e para telefones celulares. Opte pelos horários estratégicos quando as
tarifas são reduzidas, normalmente entre 21h e 06h nos dias úteis, e o
dia inteiro aos domingos e feriados. Evite ligar para o celular quando
pode optar pelo telefone fixo. Caso não seja possível, restrinja a
conversa ao tempo necessário. Nada de jogar papo fora.
Na renegociação, cautela
Com o orçamento equilibrado, é hora de pensar na renegociação das
dívidas. No entanto, a principal dúvida é o que, ou para quem, pagar
primeiro. Dê prioridade para o pagamento de dívidas que envolvam
avalistas ou que estejam em nome de outras pessoas. Afinal, ninguém deve
ter o nome encaminhado para protesto por conta dos seus problemas.
Em seguida, faça um levantamento das dívidas e planeje sua quitação.
Avalie a possibilidade de quitar à vista e com desconto suas dívidas de
menor valor. Desta forma, você tem menos negociações a fazer. Mas,
cuidado ao negociar.
Alongar prazos ajuda, pois reduz o valor da
prestação, mas se você não conseguir uma redução dos juros, acabará
pagando ainda mais pelo financiamento.
Procure negociar um desconto sobre o saldo devedor: dependendo do
valor envolvido, você pode vender algum bem e quitar a dívida de forma
mais eficiente.
Levantar empréstimo para pagar outras dívidas é uma estratégia
arriscada, que exige muito cuidado, e que só é válida se sua intenção
for consolidar várias dívidas em uma única, cujas condições são
melhores.
Procure orientação especializada
Talvez você não saiba, mas, mesmo sendo devedor, você está protegido
pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Portanto, deve procurar a
Justiça ou órgãos de defesa, como o Procon, caso se sinta pressionado a
aceitar um acordo que não lhe pareça justo. É claro que, como se trata
de um momento de fragilidade, o primeiro impulso é aceitar a primeira
proposta e ponto final, mas é preciso cuidado para não acabar cedendo a
exigências abusivas.
Por isso, a ajuda de profissionais especializados pode ser muito útil
para que você não caia em uma fria. Vale lembrar que, para registrar
uma queixa ou então pedir orientação, você deve ter em mãos dados como:
nome, endereço do credor e detalhes sobre a dívida ou sua renegociação.
Só depois que estiver certo de ter escolhido a melhor opção comece então
a quitar suas dívidas e retomar sua credibilidade no mercado de
crédito. Boa sorte!
Fonte: Finanças Práticas
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