Por incrível que pareça, foi descoberto um novo órgão humano
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(Domínio Público) |
O mesentério é um velho conhecido dos estudantes de anatomia. Tão antigo, de fato, que foi descrito por ninguém menos que Leonardo da Vinci.
Acontece que, por toda a história, ele não era
considerado um órgão contínuo, mas uma parte do peritôneo, a membrana
que protege os órgãos internos...
No caso do mesentério, trata-se da
membrana que segura o intestino no lugar – uma parte do corpo tão
desprezada que nem aparece nos diagramas clássicos do aparelho
digestivo. Esses esquemas mostram o intestino como algo solto na sua
barriga. Não. Há uma membrana ali atrás, que representamos aqui em
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Representamos aqui, em amarelo, o novo órgão. Ele é a membrana que mantém o intestino no lugar. (iStock | wodiwim) |
Mas então. Um novo estudo publicado no journal The Lancet,
revendo as informações coletadas nos últimos anos, afirma que o
esquecido mesentério é, sim, um órgão completo. E que assim deve ser
classificado, ensinado nas escolas de medicina, e considerado para o
estudo de doenças.
O atraso nesse reconhecimento causou prejuízo. Pela
desconsideração histórica, a gente não faz ainda a menor ideia de para
que serve o mesentério, tirando isso de segurar o intestino no lugar.
“Estabelecemos agora a anatomia e a estrutura do órgão”, afirma J. Calvin Coffey,
líder do estudo. “O próximo passo é saber sua função.” E isso seria um
grande passo. Se a ciência entender o mesentério, saberá identificar
quando comportamentos anormais do órgão. Ou seja: terá uma arma a mais
para diagnosticar e tratar doenças.
Fonte: Superinteressante
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