Robôs podem matar um terço dos empregos até 2030, segundo PwC
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O efeito dos robôs sobre o nível de emprego total é muito incerto (Jeff J Mitchell/Getty Images/Robôs podem matar um terço dos empregos até 2030, segundo PwC) |
A robótica e a inteligência artificial podem eliminar uma boa parte dos empregos em um futuro próximo, de acordo com um novo estudo da consultoria PwC.
O percentual de vagas vulneráveis até 2030 vai de 21% no
Japão a 30% no Reino Unido, 35% na Alemanha e 38% nos Estados Unidos.
Não foi feita estimativa para o Brasil...
Mas o efeito sobre o nível de emprego total é muito incerto,
já que os robôs também farão com que novas vagas sejam criadas no setor
de tecnologia.
Além disso, os ganhos em produtividade e queda de preços
também vão gerar uma riqueza que será reinvestida de alguma forma na
economia.
Mas nesse processo, alguns vão sofrer mais do que outros, o que pode já estar aumentando a desigualdade.
No caso do Reino Unido, a estimativa da PwC é que o risco de
ser substituído por um robô vai de 12% para quem tem nível
universitário a 46% para quem tem o ensino médio incompleto.
Isso sugere que uma boa forma de suavizar esse processo é investindo pesadamente em educação e treinamento da força de trabalho.
O percentual de vagas sob risco de automação varia entre
áreas como educação (9%) e saúde (12%) até outras como manufatura (46%) e
transporte (56%).
Só porque um trabalhador pode ser substituído por um robô
não significa, é claro, que ele será. A eficiência de fazer isso
dependerá da evolução tanto dos salários humanos quanto dos custos da
robótica.
E há propostas na mesa para manipular esses incentivos. Bill Gates, fundador da Microsoft, defendeu recentemente a cobrança de impostos extras de quem automatizar serviços.
No Vale do Silício, é popular a ideia de uma renda mínima
universal que sustente os excluídos pela tecnologia e mantenha o consumo
girando.
Debate
Parte dos economistas aponta que esse temor de que novas técnicas e tecnologias
matem empregos é uma constante através dos séculos, mas que a história
acabou provando que novas funções sempre acabam substituindo as
eliminadas.
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Tyler Cowen, professor da George Mason University, escreveu em uma coluna recente na Bloomberg View que essa adaptação é muito dura e que a visão histórica não tem nada de reconfortante.
A revolução industrial criou muita riqueza e transformou o
mundo, mas demorou décadas para que seus benefícios chegassem aos
trabalhadores britânicos.
“A substituição dos empregos agrícolas, apesar de
eventualmente ter sido uma dádiva para a humanidade, trouxe problemas
significativos pelo caminho. Dessa vez provavelmente não será diferente,
e é exatamente por causa disso que deveríamos nos preocupar”.
Um estudo recente de Daniel Susskind, da Universidade de Oxford, questiona alguns pressupostos da literatura sobre o tema e também concluí que o perigo é ainda maior do que o previsto.
Fonte: Exame
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