Já a taxa do cheque especial avançou para 325%,
mantendo o maior nível desde 1994
O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito subiu 5,3
pontos porcentuais de agosto para setembro, informou o Banco Central.
Com a alta, a taxa passou de 475% ao ano em agosto para 480,3% ao ano em
setembro e bateu novo recorde desde que o BC começou a coletar os
dados, em 2011...
O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a
mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, superando até mesmo a do
cheque especial. Em junho e julho, a taxa havia mostrado leves recuos,
após marcar 471,5% em maio.
No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro
subiu 2,5 pontos de agosto para setembro, passando de 152,2% ao ano para
154,7% ao ano.
A taxa do cheque especial avançou de 321,1% ao ano para 324,9% ao
ano. Com isso, o patamar de juros cobrados nesse tipo de empréstimo
continua como o maior da série iniciada em julho de 1994.
A taxa média de juros no crédito livre subiu de 52,9% ao ano em
agosto para 53,4% ao ano em setembro. Para pessoa física, a taxa média
de juros no crédito livre passou de 71,8% para 73,3% ao ano, de agosto
para setembro, enquanto para pessoa jurídica, foi de 30,6% para 29,8% ao
ano no mesmo período.
Para o crédito pessoal, passou de 53,3% para 53,8% ao ano. Para
veículos, os juros passaram de 26,2% ao ano para 26,1% ao ano, de agosto
para setembro. Em agosto de 2015, a taxa estava em 25,6%. Em 12 meses, a
taxa apresenta alta de 0,5 ponto porcentual e, no ano, elevação de 0,1
ponto porcentual.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as
operações direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), subiu de
32,9% ao ano em agosto para 33,0% ao ano em setembro. Em setembro de
2015, estava em 29,3%.
Cartões de loja x cartões de crédito: qual é o mais vantajoso?
O estoque de operações de crédito do
sistema financeiro caiu 0,2% em setembro ante agosto, atingindo R$
3,109 trilhões. Em setembro de 2015, o estoque de operações de
financiamento estava em R$ 3,164 trilhões. Em 12 meses, houve baixa de
1,7% e, no acumulado deste ano, queda de 3,4%.
Houve redução de 0,4% para pessoas jurídicas e alta de 0,1% para o
consumidor em setembro em relação a agosto. Em 12 meses, a contração é
de 6,5% para as empresas e alta de 3,6% para a pessoa física. No
acumulado do ano, há baixa de 8,1% para as companhias e alta de 1,9%
para as famílias.
De acordo com a autoridade monetária, o estoque de crédito livre
caiu 0,2% no mês e cedeu 5,5% no acumulado do ano até setembro. Em 12
meses, recuou 3,9%. Já no caso do direcionado, também recuou 0,2% em
setembro ante agosto, avançou 0,6% em 12 meses e teve baixa de 1,2% em
2016 até o mês passado.
No crédito livre, houve queda no saldo de 0,3% para pessoas
físicas no mês, baixa de 0,6% no ano e alta de 0,4% no acumulado de 12
meses. Para as empresas, no crédito livre, houve redução de 0,1% em
setembro, queda de 10,3% no ano e baixa de 8,2% em 12 meses.
O BC informou ainda que o total de operações de crédito em
relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 51,1% em agosto para
50,8% no mês passado. Em setembro de 2015, estava em 54,0%.
Fonte:Banco Central
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