terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Bolívia quer que Brasil deporte funcionária que apontou problemas em voo da Chapecoense


Celia Castedo Monaterio, que trabalha no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, alertou que avião da LaMia não teria combustível suficiente para chegar a outro aeroporto em caso de emergência (Foto: Reprodução/Facebook/Celia Castedo Monasterio) 
O  governo da Bolívia pediu nesta terça-feira (6) ao Brasil para deportar uma funcionária boliviana de controle de tráfego aéreo que viajou para dar informações a autoridades sobre a queda na Colômbia do avião que levava o time da Chapecoense e deixou 71 mortos...

 O ministro do Interior da Bolívia, Carlos Romero, disse que Celia Castedo passou ilegalmente por controles da imigração para tentar fugir da justiça do país. Ele disse que Celia estava sendo procurada como parte de uma investigação ampla sobre a autoridade de controle aéreo da Bolívia após o acidente em 28 de novembro. 

"Não há argumento para justificar um pedido de asilo", disse Romero. "Logicamente, em um caso como este, deve haver um processo de expulsão automática (do Brasil)." 

O Ministério Público Federal (MPF) informou, em comunicado, que Celia buscou a Procuradoria da República em Corumbá (MS) na segunda-feira. O MPF disse que vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro. 

A boliviana afirmou depois do acidente ocorrido na semana passada que havia questionado um despachante da empresa aérea Lamia sobre pontos do plano de voo, inclusive que o tempo de rota era igual ao tempo de autonomia da aeronave, segundo reportagens. 

As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas a principal hipótese é de que o avião ficou sem combustível durante o voo a caminho de Medellín, onde a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional na final da Copa Sul-Americana. 

Seis pessoas sobreviveram ao acidente, incluindo três jogadores do time catarinense. 

Segundo o MPF, A Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasaana) teria enviado ao Ministério Público boliviano notícia-crime contra Celia por "não cumprimento de deveres" e "atentado contra a segurança dos transportes", e ela estaria suspensa de suas funções por suspeita de negligência. 

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