Bolívia quer que Brasil deporte funcionária que apontou problemas em voo da Chapecoense
O governo
da Bolívia pediu nesta terça-feira (6) ao Brasil para deportar uma
funcionária boliviana de controle de tráfego aéreo que viajou para dar
informações a autoridades sobre a queda na Colômbia do avião que levava o
time da Chapecoense e deixou 71 mortos...
O ministro do Interior da Bolívia, Carlos Romero, disse que Celia
Castedo passou ilegalmente por controles da imigração para tentar fugir
da justiça do país. Ele disse que Celia estava sendo procurada como
parte de uma investigação ampla sobre a autoridade de controle aéreo da
Bolívia após o acidente em 28 de novembro.
"Não há argumento para justificar um pedido de asilo", disse Romero.
"Logicamente, em um caso como este, deve haver um processo de expulsão
automática (do Brasil)."
O Ministério Público Federal (MPF) informou, em comunicado, que Celia
buscou a Procuradoria da República em Corumbá (MS) na segunda-feira. O
MPF disse que vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas
cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro.
A boliviana afirmou depois do acidente ocorrido na semana passada que
havia questionado um despachante da empresa aérea Lamia sobre pontos do
plano de voo, inclusive que o tempo de rota era igual ao tempo de
autonomia da aeronave, segundo reportagens.
As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas a principal
hipótese é de que o avião ficou sem combustível durante o voo a caminho
de Medellín, onde a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional na final
da Copa Sul-Americana.
Seis pessoas sobreviveram ao acidente, incluindo três jogadores do time catarinense.
Segundo o MPF, A Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à
Navegação Aérea da Bolívia (Aasaana) teria enviado ao Ministério Público
boliviano notícia-crime contra Celia por "não cumprimento de deveres" e
"atentado contra a segurança dos transportes", e ela estaria suspensa
de suas funções por suspeita de negligência.
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