Material escolar mais caro na cidade em 2017
Foto de divulgação |
Aumento nos impostos, inflação e matéria-prima vão afetar o bolso dos
pais. A dica, segundo a CDL, é aproveitar descontos à vista
Pagar dívidas, comprar presente de Natal,
programar um lugar para passar as férias. O fim de ano vem chegando e
muita gente ainda não tem ideia do que fazer com o 13º salário. Mas,
para quem tem filho na escola, uma coisa é certa neste período: planejar
a compra de material escolar para 2017. O problema é que em ano de
crise e recessão econômica, o que já não era barato pode ficar ainda
mais caro.
De acordo
com a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos
Escolares e de Escritório (Abfiae), a expectativa é de um reajuste entre
5% e 10% no valor dos materiais escolares, isso sem levar em conta a
inflação do país, que deve fechar acima de 7%. Um dos motivos, conforme a
Abfiae, é o aumento no valor de matérias-primas como o papel, que teve
um acréscimo superior a 22% neste ano, assim como outros materiais.
Como não dá para fugir da inflação e
alta nos impostos, a dica para quem quer economizar é não esperar até
janeiro e aproveitar os descontos que muitas papelarias estão oferecendo
nessa época do ano.
O presidente da Câmara Setorial de
Papelarias da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), Adriano Boscatte,
explica que os lojistas já se conformaram com a ideia de uma redução no
valor médio gasto pelos pais daqui para frente, e partiram para a
estratégia de cobrir os preços da concorrência. “A ideia é aproveitar
que muitos produtos ainda não encareceram”, explica. “O consumidor nesse
ano está com a expectativa de pagar suas dívidas e evitar parcelamentos
de longo prazo. Para aproveitar essa mudança no comportamento, muitas
papelarias estão dispostas a negociar preços e oferecer bons descontos
para pagamento à vista”, relata Adriano.
Outra estratégia adotada pelo setor é
investir em marcas mais baratas. “Os pais já nos procuram querendo o
mais barato”, relata Boscatte. “Um pai que iria comprar um caderno de
super-herói vai acabar comprando um modelo tradicional, por exemplo, que
é muito mais barato e funciona do mesmo jeito. É a nova realidade”,
conclui.
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