Tecnologias brasileiras para o agronegócio são referência mundial
Protocolos sanitários e trâmites burocrático entre os países estão entre os principais desafios para desenvolver o setor (Foto: freestocks.org / Pexels) |
A adaptação de bovinos brasileiros para a criação a pasto, sistema menos custoso em relação à criação confinada, mais usual no Hemisfério Norte,
é um grande ponto de interesse de países compradores da...
genética
desenvolvida no Brasil, menciona a diretora da ABCZ, Ana Cláudia Mendes
de Souza. "A maior parte dos países tropicais que criam gado em pastagens e de forma sustentável - que é o jeito mais próximo do que existe na natureza - tem o Brasil como referência", afirma.
Pecuarista com experiência em seleção genética
há uma década, o diretor da empresa de biotecnologia Seleon, Bruno
Grubisich, de Itatinga (SP), confirma que, atualmente, a genética
zebuína brasileira é considerada a mais bem selecionada no mundo - até
mesmo em relação ao país de origem das raças zebuínas, a
Índia. Ele cita que a seleção foi capaz de produzir animais cada vez
mais precoces, produtivos e bem adaptados ao clima quente.
De olho nessa tendência
de aumento de exportações, ele investe na expansão da empresa, que
atualmente tem capacidade para alojar 220 touros puros e produziu neste
ano 1 milhão de doses, o dobro do registrado em 2015 (primeiro ano de
funcionamento da Seleon). A expectativa de Grubisich é a partir do ano
que vem exportar 5% do sêmen bovino produzido.
Desafios
Para a concretização dessas expectativas, porém, ainda há desafios, apontam participantes do setor. Entre eles, a necessidade de simplificar protocolos sanitários e a redução do trâmite burocrático entre os países.
Para o Ministério da Agricultura,
a participação em fóruns internacionais onde haja a possibilidade de
discussões de protocolos com autoridades veterinárias estrangeiras pode
também impulsionar o comércio internacional, pois permite maior rapidez
no desfecho das negociações.
"Cria-se a oportunidade de fornecer
esclarecimentos sobre os controles executados que interferem na
segurança sanitária desses produtos", afirma Rodrigo Padovani, do
ministério. Ele cita ainda a busca por uma maior participação pública e
privada na divulgação das raças criadas no Brasil.
Fonte: PEGN
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