Como será o dinheiro em um futuro (bem) próximo
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Inovação: soluções tecnológicas podem moldar o futuro do mercado financeiro (Getty Images) |
O ano era 2009. Um grupo de libertários anônimos interessados em
mudar a forma como o dinheiro circula no mundo criou uma moeda virtual.
Batizada de bitcoin, a moeda permite transações pela internet de forma
rápida e sem a interferência dos bancos...
Aos poucos, outras moedas
virtuais surgiram, mas elas ainda estão longe de substituir totalmente o
dinheiro tradicional.
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A inovação que hoje tem despertado a atenção de empreendedores do
mercado financeiro é o blockchain, e o que pode ser criado a partir
dele. Software de contabilidade que garante que o bitcoin saia de uma
conta e chegue a outra com segurança, o blockchain funciona como um
grande livro que registra todas as movimentações contábeis.
Cada transação é identificada com um código, que é enviado para todos
os computadores que fazem parte da rede. Uma fraude é quase impossível,
porque todas as máquinas mantêm um registro criptografado de cada
transação.
As oportunidades que essa tecnologia proporciona já fizeram com que,
nos últimos três anos, o setor financeiro investisse 1,4 bilhão de
dólares em pesquisas no sistema, segundo relatório do Fórum Econômico
Mundial. O objetivo é reduzir a grande infraestrutura usada hoje.
Um único sistema digital, como o blockchain, poderia garantir um
atendimento mais rápido, seguro e totalmente digital, seja por
aplicativos para smartphones, tablets ou computadores. A consultoria
Gartner prevê que, até 2022, um negócio inovador construído com base em
blockchain valerá 10 bilhões de dólares.
Entre as inovações recentes na forma como lidamos com o dinheiro está
também o pagamento móvel. O Brasil já entrou nessa era. Hoje é
possível, por exemplo, pagar a conta do almoço ou jantar apenas
aproximando o smartphone de um terminal de pagamentos.
Procuram-se novas ideias
Um dos protagonistas da transformação pela qual passa a indústria financeira para atender às necessidades dos clientes em um futuro próximo, o Santander quer engajar os mais talentosos desenvolvedores, designers e mentes criativas em uma iniciativa chamada The Code Force. Será uma maratona de programação em que um tema é proposto e as equipes pensam em soluções tecnológicas que possam, se desenvolvidas, moldar o futuro do mercado financeiro.
Cerca de 700 inscritos passaram por um processo de seleção para a
formação de equipes de até cinco integrantes, com diferentes
habilidades: desenvolvedores, designers e especialistas em finanças e em
negócios. A maratona aconteceu nos dias 10 e 11 de dezembro e teve como
temas pagamentos e moedas digitais.
Das 12 equipes participantes, quatro foram selecionadas para a
próxima etapa, o Demo Day, quando poderão apresentar suas soluções para
executivos do banco e do InnoVentures, braço de investimento em startups
do Grupo Santander. A equipe vencedora será anunciada em janeiro e
receberá um patrocínio de 25 000 reais para viabilizar a ideia, além da
possibilidade de ser contratada pelo banco ou se tornar seu fornecedor.
“Diferentemente dos hackatons que já acontecem no país, o The Code
Force quer dar espaço para as ideias e os protótipos dos empreendedores.
Eles não vão trabalhar para o Santander, mas, sim, com o Santander.
Nesse modelo, a propriedade intelectual dos protótipos desenvolvidos é
das pessoas e o banco pode apresentar a elas a oportunidade de se
tornarem parceiras de uma de suas unidades de negócios”, diz Cassius
Schymura, diretor de CRM e plataforma multicanal do Santander.
Fonte:Superinteressante
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