MERCADO IMOBILIÁRIO E SEU PANORAMA ATUAL
Panorama atual do mercado imobiliário
Apesar da onda de pessimismo
alardeada por muitos, vê-se que este é um momento de análises e atenção, mas não
é um momento para desespero desmedido.
O mercado imobiliário está em adaptação.
As vendas estão equilibradas, mesmo com poucos lançamentos. É um mercado que
cada vez mais caminha com maturidade, como deve ser.
É um mercado com muitas
oportunidades ainda a serem exploradas, mas que precisa de análises, de um
olhar mais apurado e profissional. Afinal, o país de uma forma geral passa por
grandes mudanças, e o no mercado imobiliário não é diferente.
Novas regras terão que ser
analisadas e implementadas para flexibilizar e diversificar o financiamento
imobiliário. O mercado já dá sinais desta readequação. A CEF, por exemplo,
mesmo com a redução dos financiamentos, já estuda outras formas de adaptar o acesso
ao crédito, como o aumento da faixa de financiamento do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS), com a sugestão de passar o limite atual de R$ 190 mil
(para imóveis nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio e no Distrito
Federal) para o teto para R$ 300 mil (voltado para financiar habitação popular
e o programa Minha Casa, Minha Vida).
Outra coisa importante a
compreender é que mais do que nunca, vendedores e compradores terão que
conversarem mais e se adaptarem a nova realidade. O escambo está de volta. Para
as vendas e compras de imóveis serão aceitos outros imóveis, carros, lanchas,
viagens, parcelamentos como era antigamente.
Ressaltamos, que uma análise
isolada, simplória e precipitada desta prática poderia nos levar a entender a
volta dos fatores elencados acima como um retrocesso, porém, é preciso ir além,
e ter uma visão de futuro, tendo na retomada destas formas de negociação uma
oportunidade de aprendizado e de crescimento maduro do mercado.
- Financiamento Habitacional -
Impacto no preço dos imóveis
As linhas de crédito são
importantes para movimentar o mercado, elas atuam como um dos principais
pilares para o aquecimento do setor. Com a maior disponibilidade de
financiamento, a compra do imóvel fica mais acessível e as pessoas são estimuladas
a comprar.
E o contrário também é
verdadeiro, ou seja, com a retração do crédito, as pessoas são desestimuladas a
comprar. Se antes era possível financiar até 80% do valor do imóvel, hoje este
percentual caiu para até 50%, ou seja, pode chegar até 50% ou não, o que em
muitos casos limita o potencial de compra dos clientes.
Então, as construtoras e
imobiliárias estão se adaptando a esta realidade. Muitas empresas já estão
segurado a margem ou trabalhando com o estoque e freando os lançamentos e até
mesmo estão mantendo os preços, ou seja, não fizeram uma atualização de suas
tabelas. Outras estão também ampliando suas formas de negociação, aceitando
automóveis, por exemplo, como pagamento.
É claro que não podemos
generalizar. O mercado deve ser visto em suas particularidades. O Brasil é
muito grande e nós temos hoje regiões com o preço de imóvel crescendo e temos
regiões com preço de imóvel diminuindo e outras ainda em que os preços se
mantem. Então, é preciso analisar os mercados de forma pontual. Mas de uma
forma geral, o mercado está em equilíbrio de preço.
Percebe-se que as empresas estão
cada vez mais maduras e conscientes do desafio do setor e por isso tem
planejado melhor as suas ações. Por isso, não se vê um mercado com tendência a
quedas abruptas nos valores dos imóveis.
Mesmo com os lançamentos parados
em algumas regiões, vemos que os custos da produção estão subindo e é possível
que daqui há um período, não muito longo, os valores dos imóveis comecem a
subir, porém de uma forma equilibrada.
Desse modo, considera-se que o mercado
voltará a ter um ritmo mais acelerado de crescimento a partir do segundo
semestre de 2016, mas até lá o mercado imobiliário passará por alguns ajustes.
Fonte: Palestrante Guilherme Machado
Fonte: Palestrante Guilherme Machado
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